25/10/2016
Acontece que nem sempre o fator salário é o que faz alguém querer sair ou ficar em uma empresa. O ambiente, as pessoas, a forma como tudo acontece também são outros motivos para que alguém se sinta motivado a continuar.
O CEO da distribuidora de energia Elektro, Marcio Fernandes, em entrevista para Época Negócios, cita que a felicidade é uma vantagem competitiva entre as empresas. Ou seja, além de se preocupar com o colaborador mas também com a felicidade do mesmo, faz da sua gestão/ empresa um lugar a frente os demais. “(…) O que fazemos é, antes de dizer o que queremos dele, perguntar o que ele quer. Se conseguimos ter esse nível de discernimento e sensibilidade, teremos uma equipe de altíssima performance porque saberemos respeitar os momentos de cada pessoa”, diz Fernandes.
Contudo, se preocupar com a felicidade do outro não é invadir a sua privacidade e nem tapar os olhos para as responsabilidades que o colaborador precisa cumprir. É entender que juntos, vocês podem achar uma solução para um momento ruim. É respeitar e procurar entender o outro e, se possível, oferecer ajuda do modo que puder. Por isso, respeito no trabalho vai além de não levantar a voz.
A motivação de um funcionário é algo para ser construído em conjunto. Marcar conversas com cada funcionário é uma forma de incentivar a sinceridade entre a equipe. Ser ouvido motiva. Fazer avaliações sobre o desempenho dos colaboradores e da qualidade do trabalho também é uma forma de respeitá-lo; pois assim, os gestores também podem ouvir o que pode ser melhorado e o que necessita de mais atenção para que tudo fique redondo e satisfatório.
Mas respeitar alguém do seu trabalho não é só respeitá-lo como profissional. Basta fazer uma pesquisa rápida para nos depararmos com histórias nas quais o desrespeito com as escolhas da vida pessoal de alguém são julgadas e recriminadas. Ninguém vai querer ficar em uma empresa na qual é julgado por não ter a mesma opinião e escolha de vida do seu gestor ou dos seus colegas de trabalho. Isso também é desrespeito, é muito mais sério do que algumas empresas acreditam. O ambiente de trabalho é mais uma das diversas extensões de para relação humana ser colocada em prática. E por isso, também deve ser mais um lugar onde as pessoas se sintam à vontade. Onde o respeito com as diferenças e a empatia com o outro sejam também colocadas em prática para um ambiente saudável.
Para completar o CEO da Elektro diz: “Sou um grande adepto da ideia de que temos uma única vida. E ela não é divida em duas partes. Eu sou o que eu sou no trabalho. E eu sou o que eu sou na vida pessoal. As duas coisas são a mesma. O que é importante deixar bem claro é que há quatro momentos que a gente precisa garantir. O tempo para trabalhar, o para família, o para dormir e o para você mesmo. Não significa sejam excludentes.”. Ou seja, a empresa por um todo precisa respeitar, também, as escolhas e necessidades de seus colaboradores da porta para fora.
Agora, um momento para reflexão: observe a empresa na qual você trabalha. Ela tem uma política que respeita os funcionários? Que dá liberdade para diálogos, respeita sua vida pessoal e você como profissional? Lembre-se, nem sempre o salário vai ser o suficiente para salvar sua empresa de perder bons funcionários.