04/08/2016
Contudo, para Shlomo Bem-Hur, professor de gestão de liderança, talento e aprendizagem em uma das mais respeitadas escolas de negócio no mundo, a Institute for Management Development (IMD); e para o diretor de gestão de talentos da consultoria de liderança YSC, Nick Kinley, o método usado incentivo/recompensa só funciona a curto prazo.
Esse tipo de procedimento, depois de um tempo, começa a se mostrar deficiente já que apenas uma parcela dos envolvidos saem beneficiados – nem todo mundo consegue bater metas para ser premiado no final, e isso acaba desestimulando o funcionário conforme o passar do tempo e construção de campanhas repetitivas.
Para eles, a trinca de sucesso para incentivar os colaboradores em um período maior de tempo se forma a partir do estímulo dos interesses pessoais de cada profissional. Para isso, é necessário desenvolver a autonomia, domínio e conexão de cada um, e eles explicam o porquê: autonomia está ligado os sentimento de poder de escolha e, portanto, não se sentir controlado pelos demais e submetido a regras. Um meio de trabalhar isso, é envolver todo o grupo no planejamento de metas, por exemplo. Para estimular o domínio, que está ligado a competência pessoal, é necessário mexer com o orgulho do profissional. Por último, a conexão, que está relacionado ao propósito do que é feito. Para o colaborador, é importante entender as mudanças recorrentes e a importância dele no processo e, juntamente a isso, os benefícios que ele também pode ter.
Com essas dicas, Bem-Hur e Kinley acreditam que o gestor possa impulsionar sua equipe e mantê-la motivada. “Há uma forte evidência de que atender a esse trio de necessidades internas contribui para a motivação intrínseca e pode levar à manutenção de mudanças comportamentais no longo prazo”, dizem.
Contudo, essa não é uma tarefa fácil. Os gestores precisam trabalhar pouco a pouco para que sua equipe se torne produtiva, satisfeita, motivada e feliz. Uma maneira de fazer esse trabalho em conjunto é ter a boa e velha conversa com a equipe. Assim, o líder sabe diretamente da fonte o que cada um procura e espera como equipe e, como profissional.