14/07/2016
Este tem se mostrado um dos fatores principais para que empresas comandadas por herdeiros fracassem. A falta de um processo de sucessão bem definido é desmotivador inclusive para os demais colaboradores que acabam assistindo a morte da mesma, o que leva a uma insegurança quanto a sua permanência na empresa e rendimento diário. “Estes são os fatores que justificam a taxa de mortalidade das empresas familiares. Cerca de 70% não sobrevivem à segunda geração. Apenas 10% passam para a terceira e 3% para a quarta”, afirma Telmo Schoeler, sócio fundador da Strategos.
Contudo, não é apenas a falta de uma estrutura sólida e falta de preparação dos sucessores que ameaçam a vida das companhias familiares. Muitas vezes, segundo Schoeler, os assuntos pessoais acabam sendo mesclado da empresa, o que em alguns casos também resulta a uma resistência em mudar, quando necessário. Além disso, a pesquisa feita com 90 organizações, revelou que a grande maioria não estão bem posicionadas quanto aos seus objetivos a longo prazo, planejamento estratégico, gestão profissionalizada e regulamentação da sucessão.
Diante de uma organização que não se preocupa com o futuro administrativo da mesma, a motivação cai entre os profissionais que não ocupam cargos altos. Ninguém quer se manter em um ambiente que não pensa no amanhã e consequentemente terá essas ações refletidas em seus colaboradores. Portanto, sai ganhando aqueles que sabem que é necessário mudar, se organizar e pensar na empresa como um todo – como um negócio. E não apenas na troca de cadeiras.
Sendo assim, entendemos que não basta apenas ocupar o cargo que já é “predestinado” ao sucessor. Toda uma avaliação da situação da empresa, as mudanças que podem ocorrer com um novo presidente, se preocupar em manter todos os funcionários informados e seguros quanto essas trocas, e saber separar assuntos familiares e empresariais, são pontos a serem pensados e levados em consideração para que a empresa continue passando, com sucesso, de geração em geração.