10/09/2015
As diferentes gerações pensam de modo distinto sobre motivação, mas compartilham de uma opinião
A Revista Fortune publicou uma pesquisa que perguntou a colaboradores o que eles mais desejam em seus empregos. Em primeiro lugar os profissionais apontaram: Um emprego desafiante que dê sentimento de missão e propósito. Ou seja, é claro que todos querem um bom salário, mas não é só dinheiro. Hoje em dia os funcionários querem muito mais, e isso pode variar muito de acordo com a faixa etária de cada grupo de funcionários.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Office Team, empresa de RH, os funcionários com idade entre 35 e 44 anos preferem estabilidade e o que mais os motivam é o reconhecimento pelo trabalho e pelo vínculo estabelecido com a empresa nos anos passados, assim como ações que priorizem a qualidade de vida.
Já os mais jovens, com idade entre 18 e 34 anos, dão preferência a oportunidades que lhes acrescentem conhecimento e lhes proporcionem algum tipo de prazer, como já apontamos neste infográfico que publicamos recentemente. As ações que mais motivam essa geração são planos de carreira, participação nas decisões e o reconhecimento de seus esforços. Foi o que também apontou uma pesquisa do Nube (Núcleo Brasileiro de Estágios), a qual mostrou que a falta de reconhecimento é o que mais desmotiva os jovens. A pesquisa “Quais são as situações mais desmotivantes” teve 5 alternativas como opções de resposta e 56,61% (4.774 votos) responderam que não ser reconhecido é o mais desmotivante.
Apesar de existir uma enorme diferença nas motivações e pretensões profissionais destas gerações, existe um denominador comum entre eles: o reconhecimento.
Uma empresa de RH chamada Love Mondays realizou uma pesquisa a qual foi disponibilizado um site para que profissionais avaliassem anonimamente a empresa onde trabalhavam e mandassem conselhos para seus presidentes. O tema mais mencionado na pesquisa foi a falta de reconhecimento por parte da empresa e seus gestores, não só financeiros, mas principalmente representativos. Segundo o relatório, os funcionários, no geral, sentem que estão na linha de frente da empresa, mas que não são reconhecidos e valorizados por isso.
Um estudo feito pela consultoria de gestão de negócios HayGroup também aponta esse diagnóstico. A pesquisa mostrou que 63% dos gestores não utilizam técnicas efetivas para reconhecer as equipes, sendo que a média global é 55%. Apenas 12% dos executivos apostam em motivação e técnicas para reconhecer e recompensar seus colaboradores de maneira constante.
Acontece que desde sua origem o ser humano procura o reconhecimento e conforme a clássica Teoria das Necessidades Humanas de Abraham Maslow, dentro de cada ser humano existe essa necessidade de ser reconhecido, aprovado ou prestigiado. Ou seja, o reconhecimento é tão necessário para o crescimento e o bem-estar de uma pessoa quanto o alimento e a habitação.
O reconhecimento do colaborador, seja através de premiações ou de feedbacks positivos é fundamental não só no âmbito profissional como no pessoal também. Talvez seja esse o motivo que leva os profissionais a colocarem esse item como tão importantes no dia a dia de seu trabalho. Ao ser reconhecido, a tendência é que seu colaborador se sinta mais feliz, provocando assim o seu crescimento na empresa, e quando um funcionário cresce, a corporação cresce junto, pois contará com um time disposto a encarar desafios, superar obstáculos de uma maneira criativa e produzir eficazmente.