07/05/2015
Há companhias que já começaram adaptações para suprir essa necessidade de desenvolver políticas específicas para as funcionárias que dividem o cargo na empresa com a maternidade, a chefia da família, a coordenação da casa e outros tantos papéis.
Com 1700 mulheres no seu quadro de funcionários, 36% no total, a P&G investe em políticas baseadas em marketing de incentivo para atrair e reter talentos desse público. Segundo, Juliana Clement, gerente de Recursos Humanos da P&G Brasil, essa é uma estratégia que vem se estruturando a medida que a empresa passou a perceber que o balanço entre a vida pessoal e profissional dessas profissionais é ponto fundamental no sentimento de valorização e na motivação dessas profissionais.
“A experiência nos mostra, que em geral, mulheres atingem altos níveis gerenciais ou diretoria no momento em que suas vidas pessoais estão passando por mudanças como o casamento e os filhos. Por isso entendemos que este momento é importante para estabelecer o uso de políticas específicas de flexibilidade, que são importantes na retenção destes talentos, diz a executiva em entrevista para a revista Exame.”
Estratégias como extensão de licença à maternidade para um ano, e flexibilidade de horários para mães e gestantes são algumas das práticas. Além disso, como nem todas as mulheres podem usufruir das políticas relacionadas à maternidade, a empresa oferece também coach executivo para alta gerência e direção, e programas de mentoria – incluindo o que chamam de mentoring reverso, onde a mulher é mentora de homens em cargos superiores.
Há muitos anos atenta a estratégias de marketing de incentivo, endomarketing e gestão de pessoas, a Natura e sua concorrente Avon possuem berçários para uso exclusivo de seus funcionárias. Lá, as crianças são atendidas e acompanhadas por diversos profissionais que cuidam da educação e do desenvolvimento das crianças.
A indústria farmacêutica Boehringer-Ingelheim oferece as suas funcionárias que são mães, uma sala de amamentação com cadeira de balanço e trocador em seu escritório em São Paulo. Além disso, desde 2009, os funcionários, sobretudo as mulheres gestantes, são incentivadas a praticar o home office e atualmente, eles mesmos são responsáveis pela gestão do próprio tempo.
Diversas pesquisas demonstram que essas estratégias de incentivo ao bem estar são muito benéficas. Um novo estudo publicado no American JournalofPublic Health é exemplo disso. O estudo da Universidade de Rochester, em parceria com diversas empresas dos EUA, concluiu que os programas de saúde no local de trabalho dessas organizações conseguiu reduzir o número de funcionários com sobrepeso ou obesidade para quase 10%.
As campanhas de bem estar contemplaram mudanças nas práticas de alimentação dos funcionários com incentivo à hábitos saudáveis, workshops em que os colaboradores compartilhavam receitas saudáveis, bem como programas de exercícios físicos, atividades em grupo e gincanas com premiações aos vencedores.
Esses são belos exemplos de como tratar colaboradores, sobretudo mulheres, de maneira mais humana e afetiva. Cada vez mais as empresas estão tendo consciência de que tais valores são importantes também no meio corporativo, pois a essência das organizações são as pessoas. A dedicação das empresas para exercerem esse papel tem mudado gradativamente os cenários atual, contribuindo, assim, para um melhor ambiente organizacional para todos.
Equipe Editorial
WLC – World LineCommercial