28/04/2015
Segundo pesquisa da consultoria Robert Half, o Brasil é o país mais preocupado com a perda de talentos nas empresas. O estudo aponta que, dos executivos entrevistados, 86% dos brasileiros teme perder funcionários talentosos, ao lado de Chile, com os mesmos 86%, seguidos por Reino Unido (83%), Emirados Árabes (80%) e Alemanha (77%).
Essa preocupação brasileira já se reflete no dia a dia e nas estratégias de gestão de pessoas das principais empresas atuantes no país. É notório que essa questão tem tido cada vez mais atenção por parte dos gestores, sobretudo de RH, porém grande parte deles ainda negligenciam ações estratégicas de gestão de talentos.
De acordo com um artigo da Forbes, 87% dos gestores acreditam ser fundamental a gestão de talentos nos resultados de sua empresa, no entanto, apenas 31% afirmam destinar atenção especial para esse tipo de esforço. Uma outra pesquisa, do HayGroup, com 450 empresas nacionais e estrangeiras revelam que 64% delas enfrentam problemas para reter talentos, sendo que entre elas, 89% não têm planos e estratégias formais de retenção.
Os dados destas pesquisas explicam muito os motivos pelos quais as empresas perdem seus principais funcionários. Pois, ao que parece, grande parte delas sabem da importância de se reter talentos, mas não possuem estratégias voltadas exclusivamente para isso, desmotivando esses profissionais e perdendo cada vez mais talentos.
Os motivos para essa desmotivação podem ser muitos, falta de desafios é um deles. Profissionais talentosos se entediam facilmente com a mesmice, pois são movidos por desafios. Estudos da Gallup e da Society for Human Resource Management mostram que poder usar habilidades em que nos consideramos bons é uma das maiores fontes de prazer no trabalho. Um ótimo designer cuja ideias são limitadas pelo chefe perderá a motivação rapidamente. Isso também reforça a premissa que os valores das empresas e os valores pessoais dos profissionais precisam estar alinhados, um profissional menos qualificado (logo, menos exigente) tem mais chances de permanecer em uma empresa menos exigente.
Grande parte do prazer de trabalhar envolve usar habilidades (pontos fortes), aprimorar e desenvolver outras. Quando a empresa proporciona isso, fortalece a relação com o funcionário. Infelizmente, são poucas empresas que oferecem esse tipo de crescimento. Talvez por medo que, uma vez mais capacitado, ele deixe a empresa. É uma possibilidade, mas sem isso será uma certeza.
Além disso, outro descuido fatal por parte dos gestores na gestão de seus talentos é não reconhecer o trabalho quando é bem realizado e supera as suas expectativas. Muitos são os fatores que conduzem a essa dificuldade, tais como a falta de tempo, a cultura da empresa e o próprio estilo de liderança do executivo.
Outro ponto a ser focado nessa discussão está relacionado aos planos de cargos e salários oferecidos pela empresa, fator importante no desenvolvimento da carreira de talentos. Todo funcionário gosta de ter uma “garantia” e um direcionamento de seu trabalho na organização. Quanto mais a instituição reconhecer e valorizar o “amadurecimento” profissional de seus colaboradores, mais eles tendem a demonstrar motivação em se desenvolver e em conquistar novos desafios, mostrando-se satisfeitos em continuar sua jornada na empresa.
Uma ótima forma de atuação para gerar esses resultados é aliar técnicas de gestão de talentos a estratégias de endomarketing e campanhas de incentivo. Dessa maneira, sua empresa poderá estimular a motivação e melhorar o ambiente organizacional pensando em efeitos de curto e longo prazos, trilhando, assim, o caminho certo para satisfazer seus colaboradores de maneira sólida, constante e transparente.
Equipe Editorial
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