18/09/2014
Recentemente saiu um artigo na Forbes intitulado “2014, o Ano do Colaborador”, declarando entre outras coisas que a “guerra” entre talento e produção chegou ao fim, com a vitória do talento. O ponto-chave do artigo foi fazer o leitor refletir acerca de um problema atual que vivemos em termos de talentos nas empresas.
O termo “talento” foi historicamente tratado por povos antigos como unidade de peso. Por meio da troca de metais preciosos por esse peso, o talento tornou-se uma unidade monetária. O fato é que o “talento” continua a ser uma das mais valiosas “moedas” atualmente no mundo corporativo. A globalização exige talentos! E as empresas necessitam deles para vencer desafios e alcançar o sucesso!
No mundo pós-moderno em que vivemos, vemos um novo paradigma a respeito de colaboradores. Com as máquinas substituindo a produção, temos a necessidade de empregados cada vez mais pensantes. No entanto, encontrar profissionais com perfil analítico e eficiente em decisões e ideias, e mantê-los motivados e engajados dentro das empresas está cada vez mais difícil.
Então, qual é o papel do RH levando em consideração este fenômeno?
Segundo David Chittock, CEO da Incentra, empresa de marketing de incentivo, uma das mudanças mais significativas será um maior envolvimento do RH na gestão de talentos. Gestão de talentos surgiu recentemente como uma função crítica do RH devido ao reconhecimento do seu impacto sobre o crescimento dos negócios, da rentabilidade e do papel que desempenha no combate à escassez de mão de obra qualificada no mercado de trabalho. A gestão de talentos se concentra em atrair, reter, gerenciar e desenvolver uma força de trabalho de alta qualidade. Ela inclui gestão de desempenho, recursos humanos, remuneração, gestão de aprendizagem, desenvolvimento e motivação de funcionários.
De acordo com um artigo da Forbes, 87% das organizações acreditam ser fundamental a gestão de talentos nos resultados de sua empresa, no entanto, apenas 31% afirmam destinar atenção especial para esse tipo de esforço. Chittock acredita que isto se dá principalmente pelo fato de os principais responsáveis por essa visão – os gestores de RH - estarem focados em recrutamento, desenvolvimento de liderança e gestão de desempenho, e acabam por negligenciar a gestão de talentos.
Chittock entende que no cenário atual, a maior pretensão das empresas será transportar os colaboradores para o topo da pirâmide da organização, transformando-os em seus carros-chefes de negócios. “Será necessário desenvolvê-los e estimulá-los a fim de que sejam capazes de garantir os resultados corporativos. Além de atrair e desenvolver, será preciso reter os talentos, investindo em treinamentos, cursos, dando-lhes oportunidades de oferecer sugestões e incentivando-os a ser criativos. Além disso, é imprescindível proporcionar desafios aos indivíduos, uma vez que os mesmos, muitas vezes, são estimulados através destes; grande parte deles só permanece nas organizações que lhes propiciam desafios.”, explica o executivo.
O trabalho do gestor de RH moderno será o de certificar-se de que a experiência de cada funcionário seja gratificante, emocionante e poderosa. Isso só pode ser conseguido através da criação de uma cultura de reconhecimento que permeará toda a organização. “Diariamente, se possível, o reconhecimento do desempenho do trabalho dos funcionários tem de se tornar uma cultura dentro da empresa. Nesse sentido, o Reconhecimento P2P pode – e deve – ser incentivado e aplicado entre os colaboradores. Se esse vai ser mesmo o “Ano do Colaborador”, então vamos celebrar com lealdade, dedicação e muito trabalho duro.”, conclui Chittock.