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Categoria: Pesquisas

14/08/2013

Estudo da Harvard Business Review aponta valorização de recompensas não financeiras por Geração Y e Boomers

escri G

A maioria das empresas continua tentando compreender e gerenciar a Geração Y, os jovens que estão chegando ao mercado de trabalho com novos valores e insatisfações em relação às estruturas corporativas tradicionais.

Para a surpresa de muitos, esses rebeldes guardam características similares à geração dos Baby Boomers, como são conhecidos os homens e mulheres nascidos após a Segunda Guerra Mundial, e os Boomers 2, o grupo que veio logo a seguir e chegou ao mercado na década de 70. As duas pontas do mercado de trabalho – quem está entrando e quem está saindo – são mais parecidas do que se imagina.

Esta é a tese das acadêmicas Sylvia Ann Hewlett, Laura Sherbin and Karen Sumberg, com base em uma extensa pesquisa que resultou no artigo “How Gen Y & Boomers Will Reshape Your Agenda”, publicado pela Harvard Business Review.

No estudo, que partiu do cruzamento de duas grandes pesquisas com milhares de profissionais e estudantes universitários nos Estados Unidos, as pesquisadoras detectaram algumas tendências comuns entre os dois grupos, que se contrapõem à intermediária Geração X, reconhecida por seu individualismo e que protagonizou o mercado de trabalho entre meados da década de 80 até a primeira metade dos 90.

Apesar das motivações diferentes, os Boomers e a Geração Y compartilham valores essenciais. Confira:

Compensações não financeiras – Embora o quesito econômico seja importante, os grupos e, principalmente a Geração Y, valorizam muito compensações não financeiras, que incluem reconhecimento profissional, premiações por desempenho, como compensações em forma de viagens e presentes, além de benefícios ligados à qualidade de vida.

Bem Maior - Crescendo em um mundo em franco progresso e reconstrução, os Boomers valorizam o “bem maior”. A sociedade deve trabalhar pelo bem comum, reforçando valores de educação, saúde e qualidade de vida. Na Geração Y, esses princípios ganham novas cores com a causa da sustentabilidade e preservação do meio-ambiente.

O princípio da Odisseia – Ambos acreditam que a carreira deva ter um propósito e servir não só o conforto econômico, mas para uma relação saudável com a família e a sociedade.

Equilíbrio – O trabalho deve ser encarado como parte da vida, mas não seu fim. A família e a comunidade vêm primeiro e merecem dedicação. Isso faz com que as duas gerações sejam mais ativas em trabalhos voluntários.

Flexibilidade – Ainda na ativa, os Boomers, assim como a Geração Y, acham importante uma rotina profissional mais flexível, mesclando o trabalho em casa e no escritório.

Boomers X Geração Y

Veja alguns resultados da pesquisa:

Quem são os Boomers:

42% não pretendem se aposentar após os 65 anos; 14% não esperam parar jamais de trabalhar.

55% fazem trabalhos voluntários

87% acham que flexibilidade no trabalho é importante

71% mantêm responsabilidades financeiras com a família

Quem é a Geração Y:

84% se consideram muito ambiciosos

86% acham importante que seu trabalho produza um impacto positivo no mundo

45% esperam trabalhar na mesma empresa por toda a carreira

78% se sentem confortáveis trabalhando com diferentes etnias e culturas

Conflito de gerações

Confira o mapa geracional do consultor de marketing americano William J. Schroer:

Baby Boomers

Entrada no mercado: 1963-1972

Acompanharam a reconstrução do Pós-Guerra e os movimentos civis. Possuem visão social aguçada.

Boomers 2

Entrada no mercado: 1973-1983

Enfrentaram a primeira crise do petróleo e não gozaram dos benefícios sociais da geração anterior. Por isso são mais céticos e autocentrados no sucesso profissional. Ainda assim, com alto nível de politização.

Geração X

Entrada no mercado: 1988-1994

Conhecida como a “geração perdida”. Ainda mais cética que a anterior, alienada com causas sociais e profundamente focada em ganhar dinheiro a qualquer custo. A influência de pais divorciados é uma explicação apontada para seu individualismo.

Geração Y

Entrada no mercado: 1998-2006

Têm contato com tecnologia desde cedo, são mais sofisticadas e etnicamente diversas. Mostram maior preocupação com causas sociais e valorizam o trabalho como uma causa maior.

Geração Z

Entrada no mercado: 2013-2020

Seu perfil ainda está para ser decifrado. Possuem melhor formação e alto domínio da tecnologia, o que deve ter profundo impacto no mercado de trabalho e de consumo.

Saiba mais:

Leia o artigo original na Harvard Business Review aqui.

Assista à entrevista com a pesquisadora Sylvia Ann Hewlett aqui.

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